sábado, 6 de outubro de 2012

Permaneço. 35. Sonho preso e acordado.

O drama do intervalo, a ideia de não haver tempo, a Avenue Louise demasiado grande, e ter de a fazer duas vezes, e perceber que não vou conseguir, mas o convite era tão simples, papel pequeno deixado na portaria, eu não posso ir mas acho que te fazia bem, e mais de 800 páginas a um espaço para rever em quatro línguas, e acho que vou preciso de parar, juro que quatro, mas vou. Finalmente o conservatório e as pessoas todas não conheço ninguém, ninguém aqui, só cheiros desconhecidos, ainda bem mas nem combinei jantar com ninguém e outros dois convites e um deles tinha pelo menos de ser declinado. E meia hora atrasado, Rach 3 meia hora depois dará em quê, e de repente o veludo vermelho vazio que restava e tu lá em baixo, nuvem pequenina despenteada já, nem tocava nos teus ombros, e o rendilhado perfeito e tudo, parecia drama ensaiado à antiga, tudo misturado novo e antigo, e o quase desmaio e no fim a sala vazia, e depois não sei. Tudo tu, Bruxelas deixou de ser. E preso a ti. Juro que nuvem despenteada.

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