domingo, 24 de abril de 2016

MF15. Lee Miller, 1907-1977 (EUA)

Nasceu em Nova Iorque e foi um dos grandes ícones da beleza, como modelo. Foi violada quando tinha apenas sete anos, experiência traumatizante que dominou toda a sua existência, de experiência prolongada de gonorreia. Foi desde cedo surrealista e quando chegou a Paris, encontrou terreno favorável para a sua criatividade. Mudou duas vezes o nome de baptismo, primeiro de Elizabeth para Li-Li, depois para Lee. Conheceu Man Ray em 1929, e logo se fez sua discípula na fotografia de moda, actriz, e ao mesmo tempo modelo. Foi a fotógrafa principal da Vogue. Périplo longo de trabalho conceptual, reforçado pela II Grande Guerra e pelo pós-guerra. É muito difícil fixá-la numa categoria fotográfica apenas, mas fotojornalista é provavelmente o que melhor a define. Morreu em Inglaterra, com um longo currículo e percurso profissional notável.

domingo, 10 de abril de 2016

Mais forte que tudo.

"Mais forte do que tudo,
As cores todas do mundo.
O rio que corre por nós,
Fio lume chão e flores."
(MM)

terça-feira, 5 de abril de 2016

MF 14. Gertrude Kasebier, 1852-1934 (EUA)

Fundou com Alfred Stieglitz o movimento da “foto-secessão”, uma aposta clara de remar contra a corrente e renunciar ao pré-estabelecido, que na altura (1901) significava libertar a fotografia de praticamente todos os cânones e formas conhecidas. Começou por ser retratista, no seu estúdio de pintura, o que de certa forma se sente em todas as suas fotografias. Cuidado cénico e procura da expressão de cada pessoa, são talvez os aspectos mais fortes. Foto: "The White Family, 1913.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

MF13. Mary Ellen Mark, 1940-2015 (EUA)

Renunciou até ao fim à fotografia digital, dizia que “a fotografia tem de acontecer na câmara fotográfica, não no computador, pelo menos para mim”. Era de qualquer forma tolerante para com todos e aceitava todas as formas de expressão como válidas, desde que produzidas com intenção artística. Tinha pouco mais de 30 anos quando entrou para a Magnum e foi das poucas mulheres e consegui-lo. Deixa um legado de que ainda há muito por desbravar e uma linha estética imaculada, acessível a todo o aspirante a fotógrafo. As suas fotografias são verdadeira escola. Apanhar as pessoas nos seus ofícios e atitudes regulares e depois mostrá-las da forma como as viu, olhar para a sua obra é um regalo.

domingo, 3 de abril de 2016

Kintsukuroi

Só o amor é semelhante no esforço à palavra. Não se refugiem no desdém e abandono gratuito. Há reparações que parecem fáceis, mas são impossíveis. Sejam amorosos com quem vos ama.

MF12. Lisette Model, 1896-1942 (A)

Austríaca de nascimento, foi uma artista multifacetada que curiosamente começou pela música, tendo estudado piano com Arnold Schonberg. A pintura expressionista que se praticava no meio vienense entrou praticamente no seu código genético, mas foi a fotografia, já a viver em Paris, que se lhe apresentou como caminho e proposta de vida. É sua a afirmação: “nunca fotografes nada que não desperte em ti a paixão mais intensa”. A intensidade da vida na rua e também a moda em Nova Iorque ocuparam muito a fotógrafa. Esta imagem, da série “running legs” é de 1941, quando o mundo estava em guerra, mostra praticamente tudo.