Fazes hoje.
Falámos muitas vezes deste dia,
Dos cabelos brancos,
Da mãe do João Pedro
E do quanto admiravas a sua paz,
A forma como envelheceu,
Querias envelhecer como ela.
Era o tempo em que nem pensávamos nisso.
Mas hoje não é dia de pensar no impensável,
É dia de festejar.
Navego aparentemente sozinho,
Em barcos emprestados,
Nada é meu nem quero nada
Senão hoje sentar-me quieto contigo
E dar-te um beijo de parabéns.
Até sempre. Até já.