quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Magma é pedra. Pedra é magma.

15.04.23

Magma é pedra. Pedra é magma.
Uma e outra são nada sem o que as faz ser,
Viajantes em fusão sem se mexer
Incandescência fria, gelo ardente
Carrocel sem eixo, cubo sem aresta, dentro sem fora.
Magma.
Pedra é vontade, magma é memória.
Tudo se transforma no mesmo e por isso tudo é inteiramente novo,
Impossível intervir, máquina imparável; Cosmos privado.
Proibido não fixar com data e lugar os pequenos incidentes,
Dos maiores alguém saberá, cordas de água, flechas de ar, colisões-difusão.
Há dias em que palavra que à porta. Alma magma,
Liberdade pedra.
Monumento colosso invisível, paz texto que nunca ninguém leu, porque nunca existiu.

Hoje é carta.

Hoje é (finalmente) pragma.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Faz hoje um ano.

Faz hoje um ano que a chuva lá fora.
Duendes fadas e moções,
Acasos e fecho de interrupções.
Dia de verdade mar rio e ria.
Não tenho ninguém aqui, disseste.
O coração dele fraco abandónico.
Ajuda-me, não devo, o que puderes.
Cuidados intensivos.
Nós, um drama anterior,
Verdade especial e particular.
Sabia exactamente o que me irias fazer.
O que já tinhas feito.
Subir, querer, fingir, esquecer.
Atestado de estupidez.
Mas praia do tubarão, noite suave.
As baterias e tudo a falir,
E não entendeste.
Dia seguinte amargo, como sempre.
Mas ainda bem.
Ainda bem que tudo ainda bem.