segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Pax 2 - Annecy

Depois de perceber que estava confirmado nos meus avanços modestos e solitários em direcção ao doutoramento, ratificados pelo grupo de raciocínio espácio-temporal em que tinha acabado de ser confirmado, fui entregar-me aos prazeres da mesa num restaurante ultra-clássico mas onde havia excelentes vinhos. Abri uma garrafa de Clerc-Millon 1986 e do resto não me lembro, só me lembro de que saí cerca das 6 da tarde e que o jantar de gala da conferência era daí a pouco mais de uma hora. Foi só o tempo de ir ao meu mau hotel tomar um banho, mudar de roupa e dirigir-me ao chateau onde ia acontecer o tal jantar de gala. Logo que cheguei, arrependi-me mil vezes de me ter inscrito para o jantar, mas enfim, esperava-me dois dias depois um período de fantasia em Montreux, onde na qualidade de jornalista especialista de Tecnologias de Informação, tinha um hotel de 5 estrelas à minha espera.
Conheci a Irene. Venezuelana, cientista como eu, sobrinha da Isabel Allende, mil histórias para me contar e eu a ela. Passámos por cima do jantar e de tudo, combinámos secretamente ir a Annecy na noite seguinte. E fomos. E ainda não sei se voltámos.

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