domingo, 13 de março de 2016

MF6. Annie Leibovitz, 1949- (EUA)

Disse um dia que gostava que fosse possível fotografar a grandiosidade da natureza, a emoção da terra, a energia viva do lugar. O seu trabalho testemunha o talento gigante da artista e a invulgar capacidade de evocar o belo nos trabalhos por contrato, mantendo uma espécie de zona secreta e inviolável acessível apenas por ela. O retrato de Twyla Tharp que tenho sempre presente na memória demonstra para mim a força do seu trabalho em estúdio, apesar de ser conhecida no retrato por outras imagens, bem mais difundidas. Hesito, mesmo assim, em considerá-la mais retratista que esteta. É capaz de uma relação íntima com o símbolo e em função dele de quase se reinventar, a ponto de mostrar o inteiramente novo qua acaba de descobrir. Quase faz dela uma fotorreporter. É assim que a vejo. Esta imagem é da cama da pintora naturista Georgia O’Keeffe - flores -, consta que Annie chorou ao olhar para os lençóis.

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